Morar em uma grande cidade é o sonho e o pesadelo de muita gente. Há pessoas que amam, há pessoas que detestam e até mesmo quem sinta as duas coisas ao mesmo tempo. De fato, alugar ou comprar casa em centro urbano tem dois lados e todas as variáveis acabam sendo potencializadas quanto mais gente morar no município escolhido.

    São Paulo, a maior cidade não só do país, mas da América do Sul, tem mais de 12 milhões de pessoas. O Rio de Janeiro, segundo lugar, mais de 6 milhões. A quantidade de gente, inclusive, pode ser apontada tanto como uma vantagem quanto como uma desvantagem, como você vai ver a seguir.

    Pontos positivos

    Justamente por conta da quantidade de pessoas, as cidades grandes oferecem bastante diversidade, o que pode ser positivo em várias áreas:

    • Oportunidades de emprego – justamente por concentrar mais pessoas, também há mais empresas, de todas as áreas, incluindo as mais inovadoras. Além disso, a faixa salarial pode ser mais atrativa para vários cargos.
    • Opções de lazer para todos os gostos – teatro, cinema, shows e eventos de todos os tipos acontecem com mais frequência nas grandes cidades, o que também pode significar preços mais acessíveis (ou até gratuitos) para essas atividades;
    • Diversidade gastronômica – os centros urbanos têm centenas de bares e restaurantes, com culinária de todos os lugares e para todos os bolsos. Quem gosta de experimentar pratos diferentes vê esse ponto como uma grande vantagem;
    • Vida noturna – já falamos das opções de lazer, mas essa é uma vantagem à parte. Na maioria das cidades grandes, a noite é badalada de segunda a segunda, ou seja, sempre haverá algo para fazer justamente naquela noite em que você não quer ficar em casa;
    • Educação – as melhores escolas e universidades do país estão localizadas em grandes centros urbanos, que são bastante procurados por quem quer investir nos estudos e na carreira;
    • Comércio e serviços – nas grandes cidades as novidades chegam antes e estão sempre à disposição, visto que muitos estabelecimentos chegam a funcionar 24 horas;
    • Alternativas de transporte – em várias localidades não é preciso ter um carro, visto que há boa disponibilidade de trens, ônibus e metrôs para toda parte. Isso sem falar nas ciclovias, na oferta de destinos saindo das rodoviárias e na proximidade com grandes aeroportos;
    • Liberdade – justamente por ter muita gente, é provável que você se sinta mais confortável para ser o que quiser num grande centro. Também existe preconceito, mas menos visível do que em uma cidade pequena.

    Pontos negativos

    Todas as vantagens acima não convencem as pessoas que preferem tranquilidade e não querem lidar com as desvantagens de um lugar com muita gente:

    • Barulho – a maioria dos bairros são barulhentos, por conta da quantidade de carros e atividades simultâneas, especialmente os mais centrais;
    • Custo de vida – o preço dos imóveis, serviços e alimentos costumam ser mais elevados nos grandes centros, impulsionados pela alta demanda constante;
    • Desigualdades sociais – por conta do custo de vida e também da quantidade de pessoas, as desigualdades sociais ficam escancaradas. Em alguns bairros centrais, pode ser alta a concentração de pessoas pedindo esmolas ou morando nas ruas, por exemplo;
    • Poluição – por conta da quantidade de carros e indústrias, a qualidade do ar não costuma ser das melhores e a poluição pode atingir níveis prejudiciais à saúde;
    • Violência – apesar de que nenhuma cidade está imune, a violência e a sensação de insegurança pode ser maior nos grandes centros, o que também varia dependendo do bairro;
    • Trânsito e distância – por terem grande extensão territorial, pode ser preciso percorrer grandes distâncias entre um ponto e outro. E, como há muitos carros, várias vias podem ficar congestionadas, especialmente nos horários de pico;
    • Filas – apesar de terem uma variedade de opções de lazer e serviços, em muitos deles pode haver grandes filas, justamente porque também é muita gente procurando por eles;
    • Solidão – as pessoas costumam ser mais ocupadas e morar mais longe umas das outras. Por isso, algumas tendem a se isolar, o que pode fazer com que se sintam muito sozinhas nessas localidades.
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    Formado em Engenharia de Alimentos pela UEFS, Nilson Tales trabalhou durante 25 anos na indústria de alimentos, mais especificamente em laticínios. Depois de 30 anos, decidiu dedicar-se ao seu livro, que está para ser lançado, sobre as Táticas Indústrias de grandes empresas. Encara como hobby a escrita dos artigos no Revista Rumo e vê como uma oportunidade de se aproximar da nova geração.