quinta-feira, 23 de outubro de 2025

É seguro usar antialérgico durante a dengue? Conheça os riscos e precauções.

Editorial Revista Rumo
Editorial Revista Rumo 12 horas atrás - 5 minutos de leitura
É seguro usar antialérgico durante a dengue? Conheça os riscos e precauções.
É seguro usar antialérgico durante a dengue? Conheça os riscos e precauções.

Muita gente que pega dengue acaba sofrendo com uma coceira bem chata e quer se livrar desse incômodo o quanto antes. Surge então a dúvida: será que dá pra tomar antialérgico pra aliviar isso?

A resposta é que sim, alguns antialérgicos podem ser usados, mas somente com a autorização de um médico e quando não houver contraindicações.

A automedicação pode ser perigosa. Isso porque alguns remédios podem piorar a dengue, especialmente aqueles que interferem na coagulação do sangue. Por esse motivo, o acompanhamento médico é fundamental para saber qual antialérgico é seguro no seu caso.

Saber quais remédios são indicados e quais devem ser evitados pode ajudar muito na sua recuperação. Vamos explicar de forma simples quando e como o antialérgico pode ser usado durante a dengue.

Pode tomar antialérgico com dengue? Indicações e riscos

Usar antialérgicos para quem tem dengue pode ser uma boa ideia para aliviar a coceira, mas é preciso tomar cuidado. Nem todos são indicados e se automedicar pode trazer complicações sérias. Escolher o antialérgico certo e ter orientação médica é essencial para evitar problemas.

Situações em que o antialérgico pode ser necessário

A dengue pode causar coceira intensa na pele devido à reação inflamatória do vírus. Nesses momentos, o antialérgico pode ser útil, principalmente para você conseguir dormir direito, já que a coceira costuma piorar à noite.

Antihistamínicos comuns, como loratadina e cetirizina, são os mais usados para aliviar esse sintoma. Eles ajudam a controlar a reação alérgica sem aumentar os riscos.

Entretanto, o uso deles deve ser avaliado pelo médico, pois a dengue pode se manifestar de formas diferentes em cada pessoa.

Riscos e contraindicações mais importantes

O principal risco de alguns medicamentos, incluindo antialérgicos, durante a dengue é o potencial de sangramento. Como a dengue reduz as plaquetas, qualquer remédio que afete a coagulação pode ser um problema sério.

Medicamentos como aspirina, ibuprofeno e nimesulida devem ser evitados. Alguns antialérgicos que causam sonolência excessiva ou interagem com outros remédios também não são recomendados, a menos que o médico autorize.

Por isso, automedicação é um grande risco nesse contexto.

Antialérgicos recomendados e não recomendados

Os antialérgicos do tipo antihistamínicos, como loratadina e cetirizina, são os preferidos, pois têm menos efeitos colaterais e não aumentam o risco de sangramento.

Já os antialérgicos que têm sedativos fortes ou que afetam o sistema cardiovascular devem ser evitados, a não ser que você tenha a autorização do médico.

É bom lembrar que não se deve usar anti-inflamatórios não esteroidais para tratar a coceira ou qualquer outro sintoma da dengue, pois eles podem piorar a situação. Sempre consulte um profissional antes de iniciar qualquer tratamento.

Cuidados ao usar outros medicamentos durante a dengue

Durante a dengue, é fundamental ter cuidado ao usar qualquer remédio para evitar complicações hemorrágicas. Além de evitar aspirina, ibuprofeno e nimesulida, todos os outros medicamentos que possam afetar a coagulação devem ser suspensos, salvo indicação médica.

O paracetamol é geralmente o mais seguro para aliviar dor e febre. Além disso, é muito importante beber bastante líquido para ajudar na recuperação.

Qualquer mudança ou inclusão de medicamento deve ser discutida com um profissional de saúde. O uso inadequado pode piorar os sintomas ou levar a complicações graves, como a dengue hemorrágica.

Medicamentos permitidos e proibidos no tratamento da dengue

No tratamento da dengue, escolher remédios que aliviem os sintomas sem trazer riscos extra é essencial. Alguns medicamentos podem ajudar com a febre e a dor, enquanto outros podem aumentar o perigo, especialmente no que se refere ao sangramento.

Diferenças entre analgésicos e anti-inflamatórios

Os analgésicos, como paracetamol e dipirona, servem para aliviar dor e febre sem interferir nas defesas do corpo. Por outro lado, os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), como ibuprofeno e nimesulida, reduzem a inflamação, mas podem interferir na coagulação do sangue.

No caso da dengue, os analgésicos são mais indicados, pois não aumentam o risco de hemorragia. Já os anti-inflamatórios, mesmo que ajudem a aliviar a dor, podem piorar o quadro ao afetar as plaquetas.

Riscos do uso de aspirina, ibuprofeno e AAS

Aspirina (ácido acetilsalicílico ou AAS) e ibuprofeno são anti-inflamatórios que devem ser evitados por quem está com dengue. Eles podem reduzir as plaquetas e dificultar a coagulação do sangue.

O uso desses remédios aumenta o risco de sangramento interno, hemorragias e até choque. Portanto, é melhor ficar longe deles durante a infecção.

O papel do paracetamol e dipirona no alívio dos sintomas

Paracetamol e dipirona são recomendados para controlar febre e dor na dengue. Quando usados na dose correta, são seguros e ajudam a melhorar o conforto do paciente.

Esses analgésicos não afetam as plaquetas nem aumentam o risco de sangramento, sendo essenciais para aliviar sintomas sem colocar a saúde em risco.

Efeitos da automedicação durante a doença

Tomar remédios sem a orientação de um médico pode ser arriscado para quem tem dengue. A automedicação com anti-inflamatórios, corticoides (como prednisona ou hidrocortisona) ou até mesmo ivermectina pode gerar efeitos indesejados.

Corticoides, por exemplo, não ajudam na dengue e, na real, podem piorar a resposta do organismo. Além disso, a ivermectina não combate o vírus da dengue.

Usar o remédio errado não só atrapalha a recuperação, mas também pode levar a sérias complicações. Em casos mais graves, isso pode resultar em hemorragias ou até choque.

Fique alerta: sempre que estiver com sintomas de dengue ou qualquer outra doença, é importante consultar um médico antes de tomar qualquer tipo de medicação.

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