terça-feira, 21 de outubro de 2025

Ações são alternativas para investir no mercado europeu

Marco Jaen
Marco Jaen 2 anos atrás - 5 minutos de leitura
Ações são alternativas para investir no mercado europeu
Ações são alternativas para investir no mercado europeu

Investir no mercado europeu pode ser uma opção atraente para quem busca diversificar a carteira de investimentos, proteger seu capital, consolidar o patrimônio e melhorar a rentabilidade a longo prazo. Especialistas indicam que diversificar geograficamente é importante, mas é preciso estar atento para escolher a melhor estratégia e tomar alguns cuidados.

Alternativas de investimentos incluem os brazilian depositary receipts patrocinados (BDRs), certificados que representam ações emitidas em outros países e são negociados na Bolsa de Valores brasileira (B3); e os exchange-traded funds (ETFs), fundos de índices negociados por meio da B3. 

Fundos internacionais, fundos multimercado e fundos de investimento voltados para ativos internacionais e dedicados ao mercado europeu também são opções às quais os brasileiros podem recorrer para diversificar geograficamente seu portfólio.

De acordo com especialistas, o mercado europeu é um dos favoritos dos brasileiros na hora de investir fora do país e um dos mais importantes do mundo, ao lado do norte-americano e do chinês. De acordo com levantamento do site ETFs Brasil, os cinco ETFs de ações estrangeiras com o maior quantitativo de cotistas no país são desses mercados.

É importante lembrar que, ao aplicar recursos no exterior, o investidor aloca parte do seu capital em ativos internacionais. Assim, quando uma moeda forte e com potencial histórico de valorização em relação ao real é escolhida, aumenta-se a chance de conseguir um retorno positivo. Essa situação é válida especialmente quando o longo prazo for considerado. Por isso, é importante acompanhar informações como a cotação do euro hoje real

O que este artigo aborda:

Empresas de força global são motivos para investir 

Segundo o Bora Investir, da B3, países da Europa, principalmente os da União Europeia, representam uma das economias globais mais fortes, tendo no euro uma das referências mundiais. Para além da moeda, a presença de grandes empresas globais é outro fator importante do mercado financeiro europeu.

O conglomerado francês LVMH e a alemã Adidas são alguns exemplos de companhias que atraem o interesse dos principais fundos de investimento do globo. O destaque econômico do continente costuma ser a Alemanha, seguida da França. A região europeia tem sido ainda referência em marcas de roupa, gigantes de petróleo e agronegócio, farmacêuticas e conglomerados de luxo. 

Diversificar é essencial para aumentar o patrimônio na Europa

De acordo com informações levantadas pelo Bora Investir, da B3, é crucial que os investidores diversifiquem seus aportes, ainda mais se as aplicações forem feitas nas bolsas de valores. Isso porque existem várias bolsas que atuam em diversos países e com muitas empresas na Europa. 

A Bolsa de Valores de Frankfurt, considerada a maior da Alemanha, a London Stocks Exchange (LSE), bolsa de valores de Londres, e a Euronext, uma das principais bolsas europeias da atualidade, são alguns exemplos que podem compor essa diversificação. 

Segundo os dados colhidos pela B3 com especialistas, o mercado financeiro europeu opera de maneira similar ao brasileiro e ao estadunidense. O maior volume de aplicações é concentrado nas negociações de dívidas públicas e privadas e, em seguida, vêm as ações.

É possível investir em ativos do mercado da Europa sem sair do Brasil. Os BDRs são uma das principais alternativas para isso. Trata-se de certificados que representam ações emitidas em países estrangeiros e negociados na B3.

Por meio da compra de ETFs também pode-se investir nesse mercado. Os fundos de investimentos internacionais, por exemplo, podem incluir commodities, títulos internacionais, ações de empresas estrangeiras, entre outros. Eles oferecem a oportunidade de diversificar as carteiras dos investidores para além das fronteiras do país. Essa característica, segundo os especialistas entrevistados pela B3, pode auxiliar na mitigação do risco associado à volatilidade do mercado doméstico.

Atualmente, corretoras e bancos oferecem fundos dedicados a aplicações no mercado europeu ou multimercados que acompanham oportunidades na região ativamente. É preciso, contudo, que os brasileiros fiquem atentos aos encargos administrativos cobrados pelos gestores. Para os fundos de investimento, as tarifas de performance podem ter uma relevância maior e comprometer os ganhos.

Retornos devem ser esperados a longo prazo 

Dados recentes do indicador de atividade PMI mostram que a Europa tem atravessado um momento turbulento. Nos últimos tempos, a região lida com inflação alta, principalmente depois de estímulos financeiros durante a pandemia. Além disso, mesmo com juros maiores, o continente ainda registra uma contração.  Conforme o Banco Central Europeu, a inflação vem dando sinais de desaceleração, apesar de serem leves.

Assim, embora a economia europeia possa não parecer atrativa para investimentos de curto prazo por conta das incertezas inflacionárias, do encolhimento do crescimento e dos conflitos geopolíticos, especialistas em economia e finanças destacam que, ao montar uma carteira de ativos, é necessário adotar uma estratégia de longo prazo.

O potencial de crescimento e a uma eventual estabilidade futura podem representar resultados favoráveis aos investidores que aguardarem. Dessa maneira, é fundamental fazer uma pesquisa detalhada sobre os ativos disponíveis e o mercado em geral antes de investir.

Marco Jaen
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