O que significa TDAH: o que é e sintomas comuns

Nilson Tales Guimarães
Nilson Tales Guimarães 2 meses atrás - 10 minutos de leitura
O que significa TDAH: o que é e sintomas comuns
O que significa TDAH: o que é e sintomas comuns

TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento que costuma começar na infância e pode acompanhar a vida adulta. Afeta a atenção, o controle de impulsos e a atividade motora, gerando impacto nos estudos, no trabalho e nas relações.

Os sintomas mais observados por famílias e escolas incluem desatenção — como distração e perda de prazos —, hiperatividade — inquietude motora — e impulsividade — agir sem pensar. A intensidade varia entre pessoas e contextos.

O diagnóstico é clínico, baseado em avaliação médica, questionários preenchidos por pais e professores e observação direta. Estimativas mostram prevalência em crianças entre 5% e até 15%, com maior frequência em meninos, embora meninas também sejam afetadas.

Há forte componente genético e alterações em vias frontais ligadas à dopamina e noradrenalina. O tratamento combina medicamentos, intervenções psicossociais, rotinas estruturadas e parceria com a escola. Serviços do SUS via RAPS oferecem apoio; procurar avaliação é o primeiro passo.

Principais pontos

  • TDAH é um transtorno do desenvolvimento com início na infância.
  • Sintomas: desatenção, hiperatividade e impulsividade.
  • Diagnóstico clínico envolve pais, professores e ferramentas estruturadas.
  • Tratamento integra medicação, intervenções e suporte escolar.
  • Reconhecimento pela OMS e por estudos reforça a necessidade de cuidado.

O que este artigo aborda:

TDAH hoje: definição, características e impacto na vida

Atualmente, profissionais descrevem esse transtorno por um padrão de desatenção, hiperatividade e impulsividade com base biológica. Essas características afetam a capacidade de manter foco, inibir respostas e organizar tarefas.

Na infância, sinais costumam surgir antes dos 12 anos e geram problemas em estudos e comportamento escolar. Em alguns casos, os sintomas persistem na vida adulta, prejudicando trabalho e relações.

Transtorno do neurodesenvolvimento: desatenção, hiperatividade e impulsividade

Há forte contribuição genética e alterações em circuitos frontais ligados à dopamina e noradrenalina. Isso explica a natureza neurobiológica e a necessidade de avaliação clínica detalhada.

“Reconhecimento por órgãos internacionais reforça a validade diagnóstica e a importância de intervenções adequadas.”

Prevalência, reconhecimento pela OMS e diferenças entre meninos e meninas

Estudos indicam frequência em crianças entre 3% e 5%, com algumas pesquisas citando até 15% conforme método. Meninos tendem a apresentar mais hiperatividade; meninas podem ter quadros mais discretos.

  • Diagnóstico: clínico, por escalas e observação.
  • Impacto: acadêmico, social e profissional.
  • Relevância: reconhecido pela OMS e por estudos internacionais.
AspectoDescriçãoEfeito
CaracterísticasDesatenção, hiperatividade, impulsividadeDiminuição da capacidade de foco
Idade de inícioAntes dos 12 anosImpacto nos estudos e rotina
Prevalência3%–5% (alguns estudos até 15%)Varia com metodologia
Base biológicaAlterações frontais; dopamina/noradrenalinaSuporta tratamento farmacológico

O que significa TDAH

As apresentações clínicas agrupam-se em três formas principais, cada uma com ênfase distinta nos sinais observáveis e no impacto diário.

Desatento

Tipo marcado por dificuldades em manter atenção sustentada. Crianças podem perder passos em instruções longas e ter problemas para concluir tarefas.

Há distração aparente e esquecimento de rotina.

Hiperativo/impulsivo

Neste tipo prevalece inquietude motora, fala excessiva e ações sem planejamento.

A impulsividade se manifesta em dificuldade para esperar vez e interrupção de colegas.

Combinado

O subtipo combinado engloba desatenção e hiperatividade/impulsividade em grau clinicamente significativo.

Os sintomas variam de leves a graves e podem aumentar em ambientes com alta demanda de organização.

  • As formas podem mudar ao longo do desenvolvimento e conforme contexto escolar.
  • O significado clínico envolve prejuízos acadêmicos, sociais e comportamentais.
  • Reconhecer a forma facilita personalizar intervenções: estratégias educacionais, psicoeducação e, quando indicado, medicação.

Sintomas e diagnóstico clínico: crianças e adultos no presente

Sintomas e sinais aparecem de modo distinto em crianças e em adultos, afetando rotina escolar e profissional.

Sinais em crianças

Crianças costumam apresentar dificuldade para manter atenção sustentada. Há erros por descuido, parecer não ouvir e não terminar tarefas.

Na escola, perdem materiais, se mexem demais e falam em excesso. Um exemplo comum é levantar-se da cadeira sem permissão.

Sinais em adultos

Em adultos, a concentração falha em tarefas longas. Surge inquietação interna, oscilações de humor e impaciência.

Isso causa problemas no trabalho e em relacionamentos. Um exemplo é esquecer compromissos simples e ter dificuldade em organizar tarefas.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico é clínico, com entrevista, histórico e questionários para pais e professores. Escalas padronizadas de 18 itens (9 de desatenção; 9 de hiperatividade/impulsividade) ajudam na avaliação.

É crucial diferenciar de ansiedade, depressão e uso de substâncias. Estudos mostram que parte dos pacientes mantém desatenção com o tempo, por isso o acompanhamento longitudinal é importante.

Tratamento e manejo: medicamentos, terapia e estratégias de rotina

O manejo do transtorno déficit envolve ações coordenadas entre saúde, família e escola.

Uso de psicoestimulantes e outros medicamentos

Medicamentos, incluindo psicoestimulantes, são indicados quando sintomas nucleares prejudicam estudo, trabalho ou relacionamentos. A escolha visa reduzir desatenção e hiperatividade e melhorar o funcionamento diário.

A resposta é monitorada e a dose ajustada conforme benefício e efeitos adversos. Revisões periódicas são essenciais.

Terapia cognitivo-comportamental e orientação a pais

Terapia cognitivo-comportamental ajuda na organização, no gerenciamento do tempo e em estratégias de autorregulação emocional.

Orientação a pais e professores inclui rotinas previsíveis, instruções claras e reforço positivo. O plano escolar deve ter adaptações práticas para favorecer aprendizagem.

Estrutura do dia, organização de tarefas e serviços do SUS

Estruture o dia com listas, agendas e divisão de atividades em etapas menores. Pausas programadas ajudam a manter a atenção e reduzir impulsividade.

Os serviços do SUS, via RAPS, oferecem avaliação e acompanhamento. Atenção Primária costuma ser a porta de entrada para acesso a CAPS e suporte psicossocial.

“Manejo multifatorial aumenta desempenho e qualidade de vida.”

Conclusão

Como conclusão, é essencial reconhecer a diversidade de sinais e o fundamento neurobiológico desse transtorno. Crianças e adultos apresentam combinações diferentes de desatenção, hiperatividade e impulsividade.

Diagnóstico oportuno permite começar um tratamento multifatorial, com intervenções psicossociais, apoio escolar e, quando indicado, medicamentos. Isso melhora a capacidade de prestar atenção, organizar tarefas e reduzir problemas na vida diária.

Exemplos práticos ajudam: dividir tarefas em etapas, usar lembretes visuais, programar pausas e transformar coisas complexas em passos repetíveis. Em caso de dúvida, procure profissionais habilitados para avaliação e plano individualizado.

Reconhecimento, apoio e acompanhamento contínuo mudam trajetórias e aumentam a qualidade de vida de crianças, meninos, meninas e outras pessoas afetadas.

FAQ

O que é transtorno do neurodesenvolvimento com desatenção e hiperatividade?

É um quadro crônico que envolve desatenção, hiperatividade e impulsividade. Aparece na infância e pode acompanhar a pessoa na vida adulta, afetando estudos, trabalho e relacionamentos. O diagnóstico requer avaliação clínica e uso de escalas padronizadas.

Quais são os sinais mais comuns em crianças?

Crianças costumam apresentar dificuldade para prestar atenção, esquecer tarefas, desorganização, inquietação e comportamento impulsivo na escola. Esses sinais prejudicam o rendimento e a convivência com colegas e professores.

Como se manifesta em adultos?

Em adultos, os sintomas incluem dificuldade de concentração, inquietação interna, mudanças de humor, esquecimentos frequentes e problemas de organização. Isso impacta carreira, finanças e relacionamentos íntimos.

Existem tipos diferentes do transtorno?

Sim. Há a apresentação predominantemente desatenta, a predominantemente hiperativa/impulsiva e a combinada. Cada forma exige abordagem clínica específica e plano terapêutico personalizado.

Como é feito o diagnóstico clínico?

O médico usa entrevistas, questionários e escalas de 18 itens, além de histórico escolar e familiar. Avalia sintomas em mais de um contexto e descarta outras causas, como ansiedade, depressão ou problemas de sono.

Quando são indicados medicamentos psicoestimulantes?

Psicoestimulantes são indicados quando os sintomas comprometem o funcionamento diário e não melhoram com mudanças ambientais. A escolha e a dose são definidas por um médico, que monitora efeitos e segurança.

Que outras opções de tratamento existem?

Terapia cognitivo-comportamental, orientação a pais, intervenções escolares e estratégias de rotina ajudam muito. Em alguns casos, outros medicamentos ou apoio psicológico são necessários para tratar sintomas associados.

Como organizar o dia a dia para melhorar o funcionamento?

Dividir tarefas em etapas curtas, usar cronogramas, alarmes e ambientes sem distração ajuda. Rotinas consistentes para sono, estudos e trabalho aumentam a produtividade e reduzem a sobrecarga.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece serviços para esse transtorno?

Sim. O SUS dispõe de uma rede de atenção psicossocial (RAPS), com centros de atenção psicossocial, CAPS e serviços de saúde mental que realizam diagnóstico, acompanhamento e terapias. Procure a unidade básica de saúde para orientação.

Quais são as causas e fatores de risco?

Causas são multifatoriais: genética, diferenças neurobiológicas e fatores ambientais na infância. Exposição pré-natal a toxinas, prematuridade e histórico familiar aumentam o risco.

O transtorno afeta meninos e meninas de forma diferente?

Sim. Meninos costumam apresentar sintomas mais externos, como hiperatividade e comportamento disruptivo. Meninas frequentemente têm quadro mais interno, com desatenção e distração, o que dificulta o reconhecimento.

Pode aparecer apenas na vida adulta?

O diagnóstico exige evidências de sintomas desde a infância, mesmo que leves. Alguns adultos só recebem o reconhecimento tardio porque os sinais passaram despercebidos na infância.

Quais problemas escolares são mais frequentes?

Dificuldade em terminar tarefas, desatenção às explicações, baixa organização e problemas de comportamento em sala elevam o risco de reprovação e evasão escolar.

Como os pais podem ajudar uma criança com esse quadro?

Pais podem estabelecer rotinas claras, reforçar comportamentos positivos, dividir tarefas em etapas e trabalhar em conjunto com escola e profissionais. Orientação parental é essencial para estratégias consistentes.

Há risco de dependência com o uso de psicoestimulantes?

Quando usados sob prescrição e com acompanhamento médico, riscos são baixos. Monitoramento regular reduz chances de efeitos adversos e uso inadequado.

Que profissionais participam do tratamento?

Pediatras, psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais e equipes escolares colaboram no manejo. A abordagem multidisciplinar é a mais eficaz.

Existem medidas imediatas para melhorar concentração e organização?

Sim. Ambientes com menos estímulos, listas de tarefas, timers para períodos curtos de trabalho e pausas programadas ajudam a manter foco e completar atividades.

Como diferenciar do transtorno de aprendizagem?

O transtorno de aprendizagem afeta habilidades específicas (leitura, escrita, matemática). Já o transtorno de atenção e hiperatividade envolve desatenção e impulsividade em vários contextos. Avaliação neuropsicológica esclarece o diagnóstico.

É possível conviver bem com o transtorno ao longo da vida?

Sim. Com diagnóstico precoce, tratamento adequado e estratégias de manejo, muitas pessoas alcançam sucesso acadêmico e profissional, melhorando qualidade de vida e relações pessoais.

Nilson Tales Guimarães
Nilson Tales Guimarães

Formado em Engenharia de Alimentos pela UEFS, Nilson Tales trabalhou durante 25 anos na indústria de alimentos, mais especificamente em laticínios. Depois de 30 anos, decidiu dedicar-se ao seu livro, que está para ser lançado, sobre as Táticas Indústrias de grandes empresas. Encara como hobby a escrita dos artigos no Revista Rumo e vê como uma oportunidade de se aproximar da nova geração.

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