Cada vez mais, a galera busca se afastar do açúcar e seus efeitos, e muitos optam por adoçantes, sejam eles artificiais ou naturais. Uma fruta que vem chamando atenção nesse cenário é a katemfe, que tem um adoçante natural que pode ser até 3 mil vezes mais doce que o açúcar comum. E o melhor: esse adoçante já é usado no Brasil há anos.

    • Anvisa aprovou o adoçante em 2008.
    • Adoçante utilizado pela indústria brasileira desde 2010.
    • A empresa Flormel foi a pioneira no uso de taumatina.

    A origem da katemfe

    A katemfe, também conhecida como “fruta milagrosa”, é nativa da África Ocidental. Países como Serra Leoa, Gana, Costa do Marfim, Benim e Nigéria são seus berços; lá, ela é chamada de “Thaumatococcus daniellii”. Dela, extrai-se uma proteína da polpa chamada taumatina.

    As plantas da katemfe podem chegar até 3 metros de altura. Seu crescimento se dá de forma horizontal por um caule subterrâneo, conhecido como rizoma. Nada da katemfe é desperdiçado; suas folhas são usadas como embalagem para alimentos. A fruta tem formato triangular, com semente preta e polpa amarela.

    Adoçante potente: verdade ou mito?

    Sim, a proteína taumatina pode ser até 3 mil vezes mais doce que a sacarose (o açúcar comum). O que impressiona é que esse adoçante natural tem pouquíssimas calorias e seu índice glicêmico é zero. Essa combinação é o que faz a katemfe ser tão valorizada no mercado, incluindo o brasileiro.

    • A indústria realiza o isolamento da semente e da polpa.
    • As sementes passam por um processo de purificação proteica.
    • Normalmente, a proteína é encapsulada e vendida para as indústrias.

    Como as indústrias usam a taumatina da katemfe?

    Um ponto importante é que as indústrias brasileiras não extraem a taumatina. Todo o processo de extração ocorre fora do país. Isso significa que a indústria nacional importa a proteína já encapsulada para usar nos alimentos.

    A taumatina aparece em vários produtos, como:

    • Suplementos, cereais, refrigerantes, leite condensado, doces e iogurtes.
    • Na indústria farmacêutica, é usada para reduzir o amargor em remédios.
    • No setor de alimentação animal, o adoçante é adicionado para melhorar o sabor das rações.
    • Também entra como intensificador de sabor em diversas receitas.

    O futuro dos adoçantes de frutas e plantas no Brasil

    O futuro dos adoçantes naturais, como os da katemfe, está garantido no Brasil, já que o consumo cada vez mais se direciona para essa prática. Contudo, o futuro da taumatina enfrenta alguns desafios em relação à produção em larga escala.

    Algumas barreiras que precisam ser superadas são:

    • Baixa adesão na exploração industrial da katemfe.
    • O plantio ainda é feito em pequena escala, em comparação à demanda do mercado.
    • A produção está centralizada em pequenas áreas rurais, o que limita a capacidade de abastecimento.

    Esses fatores podem impactar o crescimento e a aceitação plena do adoçante. Por isso, é fundamental que a indústria busque soluções para aumentar a produção e atender à demanda crescente por alternativas saudáveis ao açúcar.

    À medida que mais pessoas buscam opções sem açúcar, a katemfe pode se tornar uma alternativa interessante. Sua doçura e benefícios à saúde podem impulsionar seu uso nas mais diversas aplicações. Portanto, vale a pena ficar de olho nas novidades desse mercado que só tende a crescer. É um jeito de adoçar o dia a dia de quem está em busca de uma vida mais saudável, sem abrir mão do sabor nas refeições.

    Em resumo, a katemfe traz uma nova perspectiva para quem quer cortar o açúcar na dieta. Com suas propriedades únicas e variedade de usos, esse adoçante pode fazer parte do cardápio, ajudando tanto na alimentação quanto na saúde. A expectativa é que, com um aumento na produção, mais produtos à base de katemfe estejam disponíveis para o consumidor brasileiro. Assim, a fruta pode continuar a conquistar o espaço que merece!

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